Futebol Feminino
Da evolução à profissionalização
Nestes últimos anos, talvez entre uns 6 a 8, cresceu em Portugal, um novo fenómeno no mundo do futebol, o futebol feminino. Isso mesmo, as meninas, começaram igualmente a querer “fazer parte”, deste mundo até então quase exclusivamente de homens.
E honra seja feita, a quem planeou e lidera esta aventura, de mudar mentalidades, preconceitos, e outras coisas tais, porque esta mesma evolução, tem sido feita de forma metódica e estratégica. Neste caso, penso que quem está um minimamente por dentro do assunto, ou simplesmente vai acompanhando este tema, que há um nome que tem de ser referenciado e realçado, por todo o trabalho desenvolvido. Refiro-me naturalmente á Monica Jorge, foi a primeira mulher a assumir um cargo na Direção da FPF, sendo Diretora para o futebol feminino desde 2012, após ter sido Selecionadora Nacional durante cinco anos. Com ela ao comando, o futebol feminino tem crescido muito e subido no ranking FIFA. Está, pela primeira vez, no top 30.
O convite para os “grandes” do futebol nacional, igualmente abraçarem este projeto, teve o impacto, e a visibilidade esperada. Hoje toda a gente fala, e pergunta pelo resultado destes jogos das mulheres, os jogos transmitidos televisivamente já começam a ter audiências simpáticas, as assistências ao vivo têm vindo a aumentar, os clubes(Benfica, Sporting e Braga), as estruturas são completamente profissionais, sim mas só estes, porque os restantes clubes da 1Liga feminina(Liga BPI), e o canal da Federação, canal 11, tem feito bem o seu papel a divulgar este campeonato. Como dizia, ainda falta percorrer um caminho longo, porque os restantes clubes que militam nesta prova, são digamos semiprofissionais, treinando á noite, apenas uma vez por semana, e 3 a 4 vezes por semana. Se houvesse condições para haver mais clubes profissionais, enriquecia o campeonato, e aumentava a sua competitividade. Se evoluir como tem estado a evoluir, penso que poderá ser uma realidade a medio longo prazo. Outra realidade, é dar visibilidade nacional, a clubes que de outra forma, muito dificilmente o iriam conseguir. Outra consequência direta da entrada dos grandes, e tudo que isso implica, é o enorme potencial que a seleção vai ganhando, e como prova disso, é estarmos cada vez mais próximos, ou mesmo presentes, nas fases finais das grandes competições.
(Foto de página de Facebook de Mónica Jorge)
Texto de Pedro M.
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