O outro lado do Clássico
Novamente as claques
O clássico no Dragão… e fora dele!
No passado sábado, jogava-se mais um clássico no estádio do Dragão, no Porto. Como tantos outros, as emoções ao rubro. Do lado portista, a esperança de, como se confirmou, diminuir a desvantagem para o Benfica, do lado benfiquista, a esperança, de pelo menos manter a distância que os separava do seu rival.
Até aqui, nada de novo, nem fora do normal, o que não é, mas pelo que vamos assistindo, passa a ser mais normal, que anormal, é o facto de as claques, as tais benditas claques, começarem a ser o maior centro de atenções, e pelos piores motivos.
Não consigo compreender, e possivelmente a maior parte dos nossos leitores também não o conseguem, como é possível, com tanto policiamento, tanto planeamento prévio, tanta fiscalização. assistirmos, ás cenas lamentáveis, e vergonhosas, de aquando da chegada, dos adeptos do Benfica ao Estádio do Dragão, sob escolta policial, ter vindo do lado da claque, e adeptos do Porto, tochas, e outros objetos, com a intencionalidade de claramente ferir alguém. É vergonhoso, e não é pelo facto de ser no Dragão, estas cenas de tochas, petardos, entre outros, é cada vez mais recorrente. Identifiquem, e punam estes senhores de uma vez por todas, mas exemplarmente, não os permitam entrar em recintos desportivos, nem sequer estar perto deles. E durante o jogo, arremesso de bolas de golfe, cadeiras, quando um atleta da equipa adversaria, neste caso o guarda redes se preparava para ir buscar a bola, para a marcação de um pontapé de baliza. Durante a estadia do Benfica no Porto, portanto em estágio, segundo parece, não houve descanso toda a noite, com barulhos, rebentamentos de foguetes, entre outros, a imagem de um boneco, com as cores do Benfica, “enforcado”, ou uma taja numa ponte, a ofender claramente todos os adeptos do Benfica. Isto recorda-me as famosas idas do Benfica, e Sporting, nos anos 90, ao velho estádio das Antas, que de historias, e mais historias não faltam. Um dia pode ser que escreva um artigo nesse sentido. Com estas atitudes, parecemos um país do terceiro mundo. Ainda sonho com o tempo, em que voltaremos, em que seja qual for o adversário, a ver os adeptos a se deslocarem ao estádio do adversário, sem necessidade de policiamento, e muito menos as outras cenas atrás descritas. Ainda me recordo desses bons velhos tempos.
Texto por Pedro M.