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Ataque cerrado ao líder

Sporting e Ruben Amorim os alvos abater...

Ataque cerrado ao líder

Se recuarmos aos últimos anos em que a Liga Portuguesa foi dominada por Porto e Benfica, e se fizermos um exercício comparativo com esta época 2020/2021, em que aparentemente está a ser dominado pelo Sporting, não existe memória de um ataque cerrado das Instâncias do Futebol em Portugal a um clube que lidera o campeonato, como esta época os leões estão a ser alvo.

Esta época já se assistiu a tudo no ataque ao leão, desde queixas apresentadas pelo Conselho de Arbitragem, da APAF, sempre com o Conselho Disciplina da FPF a instaurar processos disciplinares e aplicar multas aos visados, e até suspensões, mas desta vez até uma Associação sem grande expressão no mundo do futebol, a ANTF está na origem de uma possível suspensão de Ruben Amorim que pode ir de 1 a 6 anos de suspensão.

Pode-se dizer muita coisa, escrever todas as teorias possíveis e até quem ache que isto é tudo uma coincidência, mas na minha opinião e ela vale o que vale, tenho sérias dúvidas que tudo isto acontecesse se o Sporting não estivesse na liderança. Desde que o Sporting chegou ao 1º lugar na classificação que coisas estranhas têm acontecido e não falo só do jogo em Alvalade com o Porto e o celebre penalti revertido, nem do ridículo cartão amarelo a Palhinha no Bessa que deu origem ao caso Palhinha, da arbitragem manhosa de Luís Godinho em Famalicão, casos que se passaram dentro das quatro linhas.
 Vamos então ao que se passa fora de campo e nem de prepósito vem a lume, a recente entrevista de Lazlo Boloni ao Jornal Record, em que afirma que o Sporting só não será campeão se acontecerem coisas estranhas extra futebol.
 O treinador romeno e o último campeão nacional pelos leões, mesmo longe e afastado do futebol português, é um espectador assíduo do que se passa por cá, e conhece as manhas de quem gere o futebol cá pelo burgo. Se relembrarmos as declarações de Frederico Varandas no final do jogo em Barcelos, também não são inocentes ao referir-se que os rivais do Sporting têm muito poder fora dos campos.
Mas vamos por partes.

 Tem sido comum que as declarações dos agentes desportivos sejam alvo de processos disciplinares que podem culminar em multas e dias de suspensão, e isso inclui, diretores de comunicação e plataformas digitais como as newsletters de Benfica, Porto e Sporting. Esta época, o Conselho Disciplina vai até mais longe e optou por vigiar as redes sociais dos atletas e dirigentes, numa clara aposta na censura ditatorial à liberdade de expressão.
 Não deixa de ser interessante a quantidade de processos disciplinares que os leões já foram alvos esta época e são para todos os gostos. Os últimos casos reportam-se aos fatos do acesso aos balneários em Famalicão, onde Feddal, Palhinha, Neto e a Hugo Viana, pasme-se por não usar máscara, ou melhor, porque usava a máscara no queixo enquanto dirigia umas palavras ao árbitro Luís Godinho, enquanto os atletas do Sporting, por terem pontapeado placares de publicidade. Curiosamente, os jogadores do Famalicão nada fizeram, não provocaram e não foram visados em nenhum processo disciplinar. Corre-se o risco que na próxima época, os leões ainda cumpram castigo e paguem multas relativo a processos desta época.

O caso Ruben Amorim!
 Como é do conhecimento público, o treinador do Sporting, então como treinador estagiário no Casa Pia, por ter dado indicações foi condenado pelo CD em 1 ano de suspensão, com o clube a ser multado em 14 mil euros e com 5 jogos à porta fechada. Naturalmente o TAD absolveu o jogador e o clube de todas as acusações.
 Eis que pela segunda vez, a ANTF entram em ação envolvendo o Sporting, primeiro foi com Silas e agora com Ruben Amorim, curiosamente, antes de chegarem ao Leão, nos clubes anteriores, o problema de não ter habilitações não era tão grave.
 Acusar o Sporting e  Ruben Amorim de fraude é no mínimo estranho, visto que é mais que reconhecido e o Sporting nunca o escondeu quem era o treinador principal. Naturalmente como em dezenas de casos no futebol português, os regulamentos permitem contornar o fato de os treinadores que não possuem o IV nível UEFA PRO, possam ser inscritos como treinadores adjuntos e por isso mesmo a FPF e a Liga Portugal aceitaram a sua inscrição sem qualquer problema.
Mas esta situação não é virgem e foi assim com Ruben Amorim no Braga, Petit no Tondela e Boavista, Pepa no Feirense e Tondela, Luís Freire no Mafra, Estoril e Nacional, Rui Borges, Académico Viseu e Académica Coimbra, Carlos Pinto, Paços Ferreira e Chaves, entre muitos outros... Reportando ao passado, relembro os casos de Sérgio Conceição no Olhanense e Académica Coimbra, de Jorge Costa no Arouca, Olhanense e Paços Ferreira ou mesmo o caso de Paulo Bento no Sporting e na Seleção Nacional por exemplo.

 O Sporting é líder e surgem casos atrás de casos, nada disto é inocente e como disse no inicio, não há memória de tal acontecer em épocas anteriores com Porto e Benfica que têm dominado o futebol português e conquistado os vários campeonatos.
 Para terminar este artigo de opinião, destaco mais um prémio recebido por Ruben Amorim como treinador do mês de Fevereiro, o que prova a qualidade, a competência de um jovem e promissor técnico português.

Ironia das ironias, de fraude a treinador do mês...


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