Leverkusen campeão!
Um triunfo sem vedetas.
Num Campeonato muitas vezes sem grande história, normalmente ganho pelo Bayern de Munique, este ano a grande surpresa foi a equipa do espanhol Xabi Alonso. Se enquanto jogador foi um dos melhores médios da sua geração, já conseguiu provar que enquanto treinador será um nome a reter. Guardiola, Mourinho, Ancelotti, Del Bosque e Benitez são alguns dos treinadores que orientaram Xabi durante a sua carreira. Caso tenha retido um pouco de cada um deles e se conseguir manter a sua identidade nas equipas por onde passe, então poderemos estar na presença de um autêntico líder desta nova geração de treinadores.
Terminar com a hegemonia do Bayern não foi tarefa fácil. A Bundesliga foi um autêntico passeio no parque para a equipa de Munique nos últimos onze anos. E este ano não parecia que isso iria mudar. Com a chegada de Harry Kane, o plantel ficou ainda mais forte e não terá certamente sido por falta de estrelas que a equipa não revalidou o título. Terá sido Harry Kane a trazer um pouco da sua “maldição”? O inglês, apesar de ser um dos maiores avançados da sua geração, não conta com títulos colectivos no seu currículo - para além do Torneio Internacional do Algarve de Sub-17, que conquistou com a Selecção Inglesa. Custou 95 milhões de euros.
Por outro lado, o Leverkusen de Xabi, optou por “despachar” quinze atletas, sendo um deles o avançado Diaby vendido por 55 milhões de euros ao Aston Villa. A política de contratação centrou-se em jogadores que embora não fossem grandes “vedetas” já tinham demosntrado qualidade e encaixavam-se no estilo de jogo do treinador espanhol – desde logo o nosso conhecido Grimaldo, ex-Benfica e ainda Nathan Tella, Xhaka, Iglesias e Victor Boniface. 82 milhões de euros no total. Um autêntico milagre, não só futebolístico, mas também financeiro.
Por cá, tivemos um Benfica com muitas caras novas (em gestão para a segunda mão da eliminatória contra o Marselha na Liga Europa). Será que Roger Schmidt poderia ter diversificado mais as suas escolhas durante a época sem comprometer a qualidade de jogo da equipa e descansando alguns dos seus habituais titulares? Achamos que sim.
O Porto continua na sua luta inglória contra si próprio, embora o discurso de Conceição aponte em todas as direções. A época está perdida, não há nada a fazer. A nosso ver, o foco deveria ser manter o terceiro lugar, pensando apenas nos jogos que faltam, para que não terminem o campeonato num perigoso quinto lugar.
Já o Sporting entrou com tudo em Barcelos e resolveu a questão nos primeiros dez minutos, em que já estava a ganhar por 2-0. As coisas parecem encaminhadas para a turma de Amorim. O campeonato ainda não está ganho, mas o Português arrisca-se a ser o primeiro treinador a ser campeão duas vezes pelo Sporting, pelo menos desde que nos lembramos de ver futebol.
Em Inglaterra, o Arsenal e Liverpool escorregaram, e deixaram o City em primeiro lugar. Um lugar onde se sente muito confortável e de onde costuma ser muito difícil tirar os comandados de Guardiola.
Oiçam a nossa opinião acerca do fim de semana desportivo no novo episódio da Tribo do Futebol:
Gustavo Andrade