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A Estreia de Portugal no Euro 2024

Já não há jogos fáceis

A Estreia de Portugal no Euro 2024

A estreia de Portugal no Euro 2024 foi mais difícil do que muitos esperariam. A equipa da Chéquia desde cedo demonstrou que não estava ali para oferecer a vitória aos "Apaixonados" de mão beijada. Onze jogadores atrás da linha da bola e chuto na frente na esperança de conquistar a segunda bola foi a receita utilizada. Em bom rigor, esteve muito perto de resultar, já que a equipa checa adiantou-se no resultado e só nos derradeiros minutos conseguimos dar a volta. Uma vitória justa, mas que demonstrou que a este nível as equipas não são tão fracas como podem aparentar pelos nomes mais ou menos desconhecidos que constam nas fichas de jogo. Sobretudo a Turquia que tem Arda Güler, mas também nunca poderemos esquecer Kvaratskhelia, o craque Georgiano.

 

A grande surpresa foi a utilização de "dois centrais e meio", ou seja, Pepe e Ruben Dias tiveram a companhia de Nuno Mendes quando Portugal estava em processo defensivo, no entanto, o jovem canhoto português teve de ser bem mais do que um central já que por ele passou grande parte do jogo ofensivo de Portugal. O corredor esquerdo foi muito povoado por jogadores portugueses, de forma a abrir espaços à direita, onde Bernardo poderia ser uma arma letal a vir do corredor para dentro, mas que não foi nada eficaz. 

 

Criticar as escolhas do selecionador será sempre a tarefa mais fácil, já que quando a bola não entra lembramo-nos sempre dos jogadores que estão de fora. Do nosso lado, saudamos a audácia do treinador espanhol que não relaxa por ter um plantel de luxo. Tenta inovar, tenta encontrar formas alternativas de chegar à vitória, nem que seja a terminar o jogo com Bernardo e Bruno Fernandes "sozinhos" no meio campo, de modo a que os espalha brasas mais frescos pudessem tirar um coelho da cartola. E assim foi, Inácio esticou na esquerda, Neto "partiu" dois checos e Conceição encostou milimetricamente para a baliza, fazendo o golo decisivo para a equipa das Quinas.

 

Um jogo de nervos, ao qual já devíamos estar habituados enquanto portugueses, mas que demonstra que o próximo mês promete ser de emoções fortes e esperemos que Martinez tenha de usar todas as camisas que levou consigo para a Alemanha.

 

Oiçam a 16ª edição da Tribo do Futebol:

 

Gustavo Andrade


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