Jonas "Pistolas" está de volta
Pum pum pum, o artilheiro do Benfica voltou
Está de volta aquele que é, para muitos, o jogador mais influente no futebol português nos últimos 2 anos.
Uma fratura do osteófito do astrágalo do tornozelo direito retirou-o dos relvados desde o dia 7 de Agosto, dia em que o Benfica venceu a Supertaça diante do Braga, em Aveiro, com Jonas a marcar o segundo dos três golos do Benfica.
Mas para perceber o que pode valer Jonas ao Benfica na segunda parte da época, urge rever algumas estatísticas reveladoras do ‘pistolas’ na época passada.
32 golos, 12 assistências, 124 remates, 62 oportunidades de golo criadas e apenas 6 ocasiões de golo flagrantes falhadas. Ou seja, Jonas é goleador, preza pela eficácia, assiste, remata e cria muitas oportunidades de golo.
Mas vale a pena mergulhar um pouco mais nos números da época passada: o Benfica marcou para o campeonato por 88 vezes, o brasileiro esteve em 50% dos golos do tricampeão.
Jonas tem uma inteligência de jogo acima da média, as suas movimentações com e sem bola geralmente fazem desmontar as estruturas tácticas nos momentos defensivos dos adversários. É capaz de transportar a bola com a velocidade acertada para esperar a movimentação de um colega de equipa – é típico servir um médio em rotura -, e sem bola cria espaços de construção de jogo da sua equipa em transição rápida ou em ataque organizado.
Não há em Portugal um jogador como ele capaz de jogar entre linhas defensiva e média, com a esperteza de aparecer no momento certo no espaço “morto” entre o central e o lateral criando um grande desequilíbrio nas estruturas defensivas do adversário.
Por último, e não menos importante, a sua capacidade técnica. Jonas marca golos com os dois pés, com a cabeça, é capaz de fazer receções de bola orientadas não só à sua progressão com bola (como é habitual) mas também à dinâmica ofensiva da equipa.
Jonas voltou na passada jornada contra o Estoril, após 136 dias de ausência. Entrou aos 78 minutos, substituindo o mexicano Jimenez, e não perdeu tempo para criar medo no adversário. Com Jonas em campo o Benfica tranquilizou e colocou o Estoril mais retraído. O ‘pistolas’ mostrou aos 85 minutos a sua qualidade ao cabecear duas vezes com muito perigo, em apenas sete minutos em campo.
Jonas poderá não ir a tempo de revalidar o título de melhor marcador, mas ainda vai a tempo de marcar positivamente a segunda fase da época do tricampeão, rumo ao 36º título.
Texto por Daniel Moura