Escândalo na arbitragem ou uma simples falta de vergonha?
Quem se mete a jeito está sujeito... Arbitros
As arbitragens polémicas no futebol português são um eterno problema sem solução, não será por falta de formação e preparação dos árbitros, por isso é inaceitável tanta falta de qualidade. Até se percebe que errar é humano, até se compreende que os árbitros podem falhar como todas as pessoas, longe se deve pensar que haja árbitros que errem de propósito com o intuito de prejudicar A ou B o que não se pode aceitar é a quantidade de erros constantes nos jogos, seja a favorecer ou a prejudicar os chamados grandes, até porque os pequenos clubes são quem geralmente têm mais razões de queixa.
A verdade é que isto não é só de agora, muito menos é um problema só da actual época desportiva, isto tem sido um acumular de situações esquisitas ou fora da normalidade desde há décadas. As coisas têm andado inflamadas e algum dia tinha de explodir, e depois do que se passou em Moreira de Cónegos e em Setúbal, é difícil aceitar que os erros tenham sido inocentes.
A reacção do Sporting após a grande penalidade assinalada por Rui Oliveira ( que já tinha estado em arbitragens polémicas em jogos da equipa B leonina com prejuízo claro para os leões ), foi negativa, mas também, é caso para dizer basta.
A expulsão anedótica de Danilo no jogo com o Moreirense, é também ela, um sinal evidente do estado da arbitragem em Portugal, pelo que não é de estranhar que em Mundiais e em Europeus de futebol, não haja árbitros portugueses nomeados.
O Benfica também se pode queixar da arbitragem, mas enquanto vão ganhando, preferem manter o silêncio, porque são mais as vezes que são beneficiados que prejudicados, apesar de quando não ganham também publicamente fazem as suas críticas.
Ontem alguns adeptos ligados à claque Super Dragões ameaçaram alguns árbitros, principalmente Soares Dias, o presidente da APAF quando se dirigia para o seu carro, foi apertado por supostos adeptos do Sporting, e aos adeptos do Benfica não houve qualquer conhecimento de ameaça a árbitros, tudo parece estar bem para a nação encarnada.
Desde que um adepto do Benfica invadiu o relvado e apertou o pescoço a um arbitro auxiliar e desde que um adepto encarnado partiu os dentes ao ex árbitro e actual Presidente da Liga de Clubes Pedro Proença no Colombo, que os benfiquistas se tornaram meninos do coro e é só exemplo de bom comportamento.
No final do jogo de Setúbal, Jorge Jesus voltou a ser expulso por um árbitro, ou seja, o agora treinador do Sporting já foi mais vezes expulso em época e meia no clube leonino, do que em seis anos ao serviço do Benfica, mas isto é apenas coincidência, nada fora do normal.
Existem grandes penalidades fáceis de assinalar, grandes penalidades que não se vêm e ficam por assinalar e grandes penalidades que se vêm e que não se querem assinalar... Só o árbitro têm o poder de decisão, eles podem decidir bem ou mal, podem decidir jogos ou não, mas o erro é uma constante e por mais que se compreenda, é cada vez mais inaceitável assistir-se ao que se tem assistido, fechar os olhos e assobiar para o lado.
Ao longo das últimas décadas sempre se falou no sistema, que o Porto mandava no futebol português, então os anos 90 era ás claras, hoje fala-se que é o Benfica que manda em tudo e controla tudo. Os encarnados defendem-se na chamada estrutura que têm e na sua superioridade dentro de campo, é caso para dizer que o Porto também tinha uma grande estrutura e eram superiores dentro de campo, mas aí os benfiquistas revoltados já não viam as coisas assim, hoje tudo é normal ou seja, mudam-se as vontades, mudam-se as verdades.
Coitado é do Sporting, que nas últimas décadas nunca conseguiu ser dono do sistema, nunca foi capaz de controlar o futebol português e será sempre um grande pequeno entre os três grandes, e como dizia um ex jogador leonino, hoje comentador de TV, o Sporting para controlar o futebol português tem de dar de comer a muito filho da ..............
Para terminar, quem se mete a jeito, está sujeito... a tudo, e por isso, depois não se queixem... O futebol há muito que deixou de ser um jogo limpo.
Filipe Simões