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AI! BENFICA, BENFICA...

Um empate com sabor (quase) a vitória

AI! BENFICA, BENFICA...


Entrámos “adormecidos” disse Samaris na zona de entrevistas rápidas. O treinador do Boavista, Miguel Leal, na conferência de imprensa que se seguiu ao jogo, sublinhou que depois… o “Benfica acordou” e quase deu a volta ao resultado. Todos estão, pois, de acordo quanto a entrada apática do SLB na peleia futebolística deste último Sábado. O mesmo já acontecera no jogo com o Marítimo com um resultado não muito diferente na tabela classificativa. A grande diferença é que desta vez o empate teve um sabor quase a vitória, tal a dimensão da recuperação que foi feita. Anular uma vantagem de 3 golos, seja fora, seja em casa, ou seja contra quem for é sempre motivador. Os jogadores e os adeptos saem com a sensação que apesar da perda dos dois pontos, nada mais está perdido. A vontade de ganhar continuar vai continuar a ser marca deste Benfica.

Rui Vitória esteve mal no escalonamento da equipa. Parece (embalado pelas duas vitórias contra o Guimarães) querer “dar uma de Jorge Jesus” e faz, mais uma vez, rodar a equipa. Deixa Cervi e Mitroglou (melhor marcador da equipa encarnada) de fora e fez regressar Rafa e Sálvio. E onde devia mexer, no eixo da defesa, insiste na titularidade de Luisão deixando de fora Lizandro, que sempre entrou, jogou lindamente e, não de somenos, é, com 3 golos o 4º melhor marcador.

Mas esteve o Rui Vitória muito bem durante o jogo. Fez, em meu entender, o seu melhor jogo. Mexeu na equipa atempadamente (não esperou pela 2ª parte como habitualmente fazem os treinadores) e mexeu bem colocando em jogo os que deixara de fora. E não só, evidenciou enorme coragem quando retirou um central – o Luisão. A coragem que lhe tem faltado para lhe retirar a titularidade. Acertou em todas as substituições. E melhor ainda esteve na conferência de imprensa quando assumiu um comportamento “atípico” da sua equipa e estendeu essa “atipicidade” a uma outra equipa (que não á adversária)… Mas recusou-se terminantemente a fazer comentários sobre a arbitragem, apesar da insistência dos jornalistas. Muito bem.

Por tudo isto soube este empate quase a uma vitória. E só não teve o sabor de uma vitória porque o FCP ontem ganhou, como lhe cumpria, o seu jogo. Não fora o resultado dos dragões e o empate tinha sido uma verdadeira vitória, uma vez que os rivais de Alvalade não tiveram, nem o engenho, nem a cabeça fria para segurarem a vantagem que haviam conseguido.

O Sporting vive tempos tumultuosos. Este empate tem internamente efeitos mais desvastadores que o empate das Águias. 

 

Texto por: Manuel Sampaio


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