Pela Positiva
Publicado 05/03/2016 | Mod. 13/03/2016 | Por ondebi
O derby eterno...
Amanhã vamos ter oportunidade de ver mais um derby, que é sempre especial independentemente de tudo.
Uma rivalidade de mais de 100 anos apaixonando várias gerações de um país e simbologia irreversível da portugalidade, qual fado lusitano.
O país pára? Pois concerteza, mas é que pára mesmo e se não pára na totalidade fica no "piloto automático"...
Mais que um jogo, é um uma luta que nos remete para os primórdios e antiguidade desta peleja, e isso me fascina mais.
Jogadores e dirigentes que fizeram história no nosso futebol e atravessaram todo o séc. XX português, desde a monarquia, passando na 1ª república, ditadura militar, estado novo e democracia actual e comunitária.
Todo um enredo está incrustado nesta fenomenologia de massas que estes grandes de Lisboa desenvolveram pelo país (e colónias) e mundo.
Mas o que é isto tudo afinal?
Jogando o Sporting em casa, começo pelo leão.
Nasceu à época nas mais altas franjas da sociedade lisboeta do início do século passado, clube de bem, no sentido da maior condição económica e formativa dos seus associados e com condições para a prática do desporto rei fantásticas.
O Benfica nasce pobre, do povo e com grandes dificuldades iniciais, que quase o levaram à extinção poucos anos após a sua fundação, portanto um parto complicado.
Querem melhores ingredientes?
De um lado com todo o mérito a nata cultural e prestigiante da cidade vislumbrada na figura de Francisco Stromp, que introduziu desde logo a exigência e o semi-profissionalismo e do outro Cosme Damião, órfão da Casa Pia mas que posteriormente atingiu grande nível também na estruturação e bases do futebol nacional com as primeiras regras publicadas do jogo.
Ricos e pobres? Cultos e incultos? Bons e maus? Não, apenas formas de viver diferentes que tornaram esta disputa simplesmente apaixonante e um dos maiores jogos mundiais.
Vamos portanto ser dignos dos "Cinco Violinos" (A 1ª grande linha avançada do futebol português e à época uma das melhores a nível europeu), e dos "Diabos Vermelhos" (seus contemporâneos e vencedores da Taça Latina em 1950), dos Bicampeões Europeus 61e 62 aos Vencedores da Taça das Taças 64.
Passando por Peyroteo e Rogério "pipi", Seminário e Francisco Ferreira, Hilário e Eusébio, Manuel Fernandes e Nené, Alexandre Baptista e Humberto Coelho, Futre e Chalana, Figo e Rui costa, Slimani e Jonas... e estaria agora aqui a noite toda a dissertar sobre grandes estrelas...
Sejamos felizes e gratos por tão grande emoção e bater de coração palpitante de amor à causa e por fim torcer pelas nossas cores.
Quando acabar... que ganhe O FUTEBOL!!!
Texto por Nuno Pereira