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Os melhores de 2017: Ranking OndeBola

MELHOR EXTREMO DIREITO - Daniel Podence

Os melhores de 2017: Ranking OndeBola


Chegou a vez dos extremos, a começar pelo corredor direito. Obviamente nesta posição são mais importantes os números ofensivos e de passe do que os defensivos, ainda que seja importante a participação dos extremos no momento ofensivo. Em relação ao modelo não há novidades, só mudam os pesos de cada componente.

Na frente da classificação ficou Daniel Podence.  O extremo que este ano vai alinhar no Sporting, e certamente muitas vezes como titular, fez uma época brilhante numa equipa que lutou até à última jornada pela manutenção. Tem uma capacidade de desequilíbrio brutal e alia à velocidade uma qualidade técnica e de decisão muito acima da média. A pontuação de Podence é equilibrada nas três vertentes, mas é de facto no capítulo ofensivo que se destaca. Aos 21 anos Podence vai ter a oportunidade de ouro de se afirmar no futebol português e de catapultar o seu nível para um patamar internacional que o seu potencial há muito deixa adivinhar.

Depois Corona, que apesar de ter começado de fora, consegue terminar a temporada a um bom nível. A melhoria de performance da equipa está directamente ligada ao regresso de Corona e Brahimi ao onze inicial do FC Porto. Ofensivamente os números não são excepcionais mas também não envergonham. Ao contrário do que se poderia pensar os números defensivos são muito bons e foi isso que ajudou a melhorar a organização ofensiva (e as transições) da equipa numa fase em que já eram segundos a alguns pontos de distância. Este ano parece que vai ser aposta desde o primeiro jogo e os números ofensivos vão certamente melhorar, já que o mexicano tem uma capacidade de desequilíbrio bastante assinalável.

A fechar o pódio o benfiquista Salvio. Já por diversas vezes aqui assinalei a fraca capacidade de decisão do argentino e também já por aqui tenho insistido que este tipo de análise mais simples não demonstra esse tipo de capacidade, por isso é natural que o extremo mais utilizado no Benfica consiga números interessantes. No entanto é fácil perceber que é no capítulo defensivo que Salvio se destaca. No passe também apresenta bons números sobretudo porque o Benfica joga muito apoiado, precipitando o passe curto, e também porque a equipa abusa do cruzamento onde Salvio sempre apresentou alguma capacidade.

Fora dos três grandes e logo depois de Gelson Martins, que acaba por sofrer pela época mais fraca do seu colectivo, temos Ricardo Horta que fez uma época interessante ao serviço do Sp. Braga. Tem 22 anos e está muito bem no "quarto grande". Uma época com números ofensivos um pouco mais equilibrados (mais alguns golos e assistências e sobretudo nos dribles) e pode dar o salto para um clube com outras ambições. Depois Hernâni que após mais um época tranquila no Guimarães, que fez um boa época, volta a fazer a pré-época no FC Porto. Penso que não será suficiente e será emprestado, mas ainda assim tem sido a 4ª opção para extremo (depois de Corona, Brahimi e Ricardo Pereira). A fechar o pódio temos Gil Dias que após excelente época no Rio Ave foi já contratado pelo Mónaco. Aos 20 anos é um dos mais promissores da sua geração e o nosso modelo destaca-o como se pode ver.

Ficam os detalhes para analisarem ao pormenor onde cada um se destacou ou pode melhorar. Em Podence, por exemplo, é fácil avançar que pode melhorar no fora de jogo e no passe curto onde demonstra uma percentagem baixa de sucesso. É um facto que como arrisca sempre muito os passes serão sempre de maior dificuldade do que um jogador que jogue predominantemente fora do bloco adversário. Em relação a Corona, Salvio ou Gelson, precisam de ser mais influentes nos golos e nas assistências e também no fora de jogo.

Texto por Telmo Frias


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